"Valentim Loureiro ficou uns anos a mais"
Fim de um estilo e de um comportamento que fizeram mal ao futebol português
Fernando Gomes foi eleito esta segunda-feira presidente da Liga e é justo exigir dele equilíbrio, determinação, transparência e ideias novas.
No discurso de posse, Fernando Gomes elogiou o trabalho de quem sai. Hermínio Loureiro, o ex-presidente, mereceu bem as palavras de quem chega.
O novo presidente fez questão também de não esquecer Valentim Loureiro, que não faz parte da nova equipa. Percebo o sentido das palavras de Fernando Gomes. Não custa entender que a energia do «major» terá sido útil em alguns momentos e que, por exemplo, a sede da Liga é uma obra que fica.
No entanto, acho que a saída de Valentim Loureiro é sobretudo um alívio para o futebol português.
Não que o antigo presidente do Boavista tivesse hoje um papel activo. Depois do «apito dourado» a sua voz perdeu força. Acontece que Valentim Loureiro representa muito do que acho reprovável num dirigente desportivo. Esteve quatro décadas no futebol português. Foi tempo a mais. Muito tempo a mais. Não o digo agora, aproveitando o momento em que abandona, sem glória. Escrevo-o há dez anos, penso-o há vinte.
O futebol português não precisa de pessoas como Valentim Loureiro. Não é o único que está a mais. Era provavelmente o que falava mais alto.
1 comentário:
O Tininho era apenas mais um. E...os outros?
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